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Toro é o `tiro na mosca´da Fiat
Dica de Compra Por: George Guimarães

 

Picape supera 300 mil unidades produzidas em  quatro anos

 

É natural, ninguém pode acertar sempre! Mesmo empresas que têm em mãos as mais eficientes ferramentas e estudos para antever  qual caminho, e em que momento, terá de percorrer. Assim, produtos estão fadados ao sucesso e outros, meramente a cumprir papel secundário, quando não, curtíssimo.

 

As montadoras acumulam diversos exemplos dos dois lados, com carros que saíram de produção apenas dois ou três anos depois de chegarem às ruas e outros que podem ser definidos como “tiro na mosca”. A Fiat Toro, com certeza, deve ser relacionada no segundo grupo, após quatro anos de seu lançamento.

 

A picape já pode ser identificada como um dos grandes acertos da marca em quase cinco décadas no Brasil. De porte médio, roubou mercado tanto das picapes grandes quanto das compactas e desde seu primeiro ano é segundo comercial leve mais vendido no País, atrás somente de outra picape Fiat, a Strada, bem mais barata.

 

A Fenabrave registra que já em 2016,  primeiro ano incompleto nas revendas, a Toro fechou na liderança do segmento de picapes grandes com 41,3 mil licenciamentos, 26,5%. Desde então, a participação ficou acima dos 29% em 2017 e 2019, bateu em 30,7% no ano passado e chegou a 31% no acumulado dos dez primeiros meses de 2020, com 40,4 mil unidades.

 

Essa rápida aceitação forçou um ritmo de produção poucas vezes registrado para um comercial leve de pmaior porte no Brasil. A fábrica de Goiana, PE, acaba de comemorar 300 mil unidades produzidas da Toro, definida pela Fiat como um SUP, sigla para Sport Utility Pick-Up.

 

A maioria, 265 mil, cerca de 85%, permaneceu no mercado interno —  até para dar conta da grande demanda. Os outros 15% seguiram para diversos países da América Latina. Em vários, com a marca RAM. Só mesmo na Argentina, Paraguai e Uruguai ostenta o logotipo Fiat.

 

A Toro, definitivamente, mudou a história da Fiat. É um sucesso estrondoso de vendas desde o início. Une o que  picapes e SUVs têm de melhor e que, sem dúvida nenhuma, tem no design um grande ponto forte”, entende Herlander Zola, diretor do Brand Fiat e Operações Comerciais Brasil.

 

A folgada liderança da Toro no segmento de picapes grandes, que reúne outros 11 modelos e acumula mais de 130 mil  unidades vendidas em 2020, dificilmente estará em risco ainda em 2021.

 

A segunda colocada, Toyota Hilux, tem fatia de 20% e faixas de preços bem acima, e a Renault Oroch, concorrente mais direta por preço ou porte, nunca representou, de fato, uma ameaça. É apenas a oitava picape mais vendida, com 3,3% do segmento. Ao contrário, não será surpresa alguma se a Toro consquistar ainda mais consumidores e abocanhar fatia mais larga no ano que vem.

 

A Fiat prepara um pacote de alterações da picape que deve chamar ainda mais a atenção para os showrooms de suas concessionárias e que envolverá atualização estética e motor 1.3 turbo em substituição ao atual  1.8 — a montadora também oferece opção a diesel e tração 4×4, outro grande apelo do modelo.

 

Em outubro, foram licenciadas 5,9 mil unidades da Toro. A picape  foi o terceiro modelo Fiat mais vendido, atrás somente da Strada (10 mil) e do hatch Argo (7,6 mil), ordem replicada ao longo dos dez primeiros meses de 2020 e também em 2019.

 

Marca líder no mês — Com as picapes, mais os furgões Fiorino, Ducato e Uno, a montadora é a líder disparada em comerciais leves, com 45% de participação, contra 13% da segunda colocada Volkswagen. Em outubro, o segmento representou exatamente a metade das vendas da marca, que deteve 18,7% e a liderança do mercado.

 

No ano, a Fiat foi a fabricante que mais cresceu em participação. Ganhou 2,4 pontos porcentuais: passou de 13,8% no acumulado dos dez primeiros meses de 2019 para 16,1%. Os 242,6 mil automóveis e comerciais leves vendidos até outubro, recolocaram a empresa na briga pelaos dois primeiros lugares no ranking do mercado interno no ano.

 

A diferença para a líder GM (17,1 %) é de 1 ponto porcentual, ou menos de 14,5 mil unidades. Para a segunda colocada VW (17%), 0,9 ponto, 13 mil veículos. No encerramento do ano passado, essas relações eram, respectivamente, de 4,1 e 1,8 pontos. “É um resultado que expressa o portfólio atraente de produtos e o reposicionamento da marca”, acredita Zola.


Publicado em: 09/11/2020 Fonte: Portal AutoIndútria

Mais Notícias

Lançamento/Apresentação
Mercedes-Benz apresenta o EQA, SUV elétrico mais barato da marca
por George Guimarães

Preço inicial de € 47,5 mil na Alemanha mostra o distanciamento do bolso do consumidor brasileiro   A Mercedes-Benz resolveu encarar  marcas como Tesla e Volkswagen no segmento de elétricos compactos do mercado europeu. Nesta  quarta-feira, 20, a montadora alemã apresentou  o EQA, SUV que prenuncia pelo menos outros três  modelos da marca alimentados por tomadas e que serão revelados ainda em 2021.   O EQA, na verdade uma versão do conhecido GLA, mas 370 quilos mais pesada, será a porta de acesso ao elétricos da Mercedes-Benz. Chegará às ruas da Europa ainda no primeiro trimestre por valores a partir de  € 47,5 mil na Alemanha.   O modelo, lançado como EQA 250, tem motor dianteiro de 190 cavalos, acelera de zero a 100 km/h em 8,9 s e chega à velocidade máxima de somente 160 km/h, bem abaixo dos limites alcançados por versões a combustão acima dos 200 km/h. As baterias estão posicionadas sob o assoalho da segunda fila de bancos e a autonomia estimada pela montadora é de 486 km/h.   A marca, porém, apresentará mais à frente uma versão superior, com motor mais potente, de 270 cavalos, e tração nas quatro rodas. Naturalmente, mais cara também.   No interior, o grande destaque do EQA são as duas telas de 10,25 polegadas cada e dispostas horizontalmente. A imediatamente à frente do motorista cumpre a função de quadro de instrumentos configurável enquanto a segunda concentra a central multimídia, além de diversas funções sobre a operação do veículo e condições das baterias, por exemplo.   A Mercedes-Benz dotou o SUV de itens de confortos e sofisticações — alguns opcionais — como head-up display com Realidade Aumentada, faróis LEDs com assistente adaptativo, porta-malas com abertura e fechamento elétricos, iluminação ambiente com 64 cores e sistema de navegação com “inteligência elétrica”, que alerta se há necessidade de fazer parada para carregamento e indica as estações de recarga próximas e o tempo de abastecimento em função da potência da estação escolhida.   De série, são os sistemas de manutenção de faixa, frenagem ativa, de manobra e alerta de aproximação de pedestres e ciclistas, dentre outros recursos.   Não tardará, talvez ainda este ano, e o novo elétrico da Mercedes-Benz deverá aportar no Brasil, a exemplo do que ocorreu com o EQC, que já é vendido desde agosto do ano passado e que chegou às revendas por salgados  R$ 575 mil.  

Serviço
Renault lança serviço de carro por assinatura
por Alzira Rodrigues

Em linha com ações já implementadas por outras montadoras, como Volkswagen e Fiat, agora é a vez de a Renault lançar o On Demand, serviço por assinatura que a partir desta quarta-feira, 20, passa a ser oferecido em todo o território nacional, com a entrega do carro 0 km na casa do contratante.   Com quatro opções de tempo de uso – 12, 18, 20 ou 24 meses -, o novo serviço é uma evolução do Loopster, criado em março de 2020 para ser utilizado por colaboradores da montadora no Brasil e do Banco RCI, no Paraná, além de outros 200 clientes em seis diferentes estados do País.   Além de escolher o tempo de uso do serviço, o cliente também pode optar por quatro diferentes quilometragens mensais: 500, 1.000, 1.500 e 2.000. Os modelos disponíveis no Renault On Demand são o Kwid Zen 1.0, Kwid Outsider 1.0, Stepway Iconic 1.6 CVT e Duster Iconic 1.6 CVT. O primeiro é o que oferece a mensalidade mais barata, a partir de R$ 869.   Em apresentação virtual do novo produto, o vice-presidente comercial da Renault, Bruno Hohmann, destacou que a empresa vem acelerando a sua transformação no mercado brasileiro, visando ser referência em mobilidade no país: “O lançamento do Renault On Demand se soma a todos os demais serviços que oferecemos em conjunto com a RCI Serviços Brasil para facilitar a vida dos nossos clientes”.   O executivo não quis fazer estimativas quanto ao potencial de demanda do novo serviço, informando apenas que na Europa a procura por ele atinge 25% das vendas da montadora na França e chega a 30% na Holanda. A expectativa é a de que tanto pessoas físicas como jurídicas optem pelo carro por assinatura.   Sobre o perfil do usuário, Hohmann disse que com o Kwid o produto visa jovens que estão em dúvida sobre comprar um carro, alugar ou usar Uber, por exemplo. Já o Duster deve pegar um público de maior poder aquisitivo, que independentemente do valor da mensalidade quer ter o sossego de não ter preocupações e gastos adicionais com o veículo.   Realizada no site www.renaultondemand.com.br, a contratação do serviço é 100% online, incluindo a assinatura digital do contrato e todo o acompanhamento durante o período de utilização, como gerenciar pagamentos e serviços contratados e consultar multas recebidas. Se preferir, o cliente pode contratar o serviço na rede de concessionárias credenciada.   Segundo Hohmann, a adesão ao Renault On Demand não atingiu 100% da rede, mas garantiu que todas as regiões do País estão cobertas. “Algumas revendas que têm serviço de locação preferiram não aderir, mas a cobertura é nacional”.   Todos os planos Renault On Demand contam com os serviços de manutenção (revisões preventivas e troca de peças de desgaste natural, incluindo também a troca de pneus), gestão de documentos, Seguro Auto e Assistência 24 horas, com serviços de reboque, chaveiro, retorno ao domicílio, hospedagem, carro reserva e outros serviços emergenciais.  

Mercado
SUVs lideraram mercado em 2020
por George Guimarães

  Segmento respondeu por quase 33% e superou o de hatches pequenos pela primeira vez   Os defensores de sedãs e hatches podem torcer o nariz, mas esses modelos já não são mais páreo para os utilitários esportivos no Brasil. Após quase sete décadas da chegada das montadoras aqui, em 2020 os SUVs lideraram as vendas de automóveis pela primeira vez, coroando uma espantosa ascensão nos últimos cinco anos.   Foram negociados no mercado interno, no ano passado, 528,2 mil SUVs, 32,7% dos mais de 1,6 milhão de veículos de passeio que chegaram às ruas. Os hatches pequenos, que se consolidaram como categoria-líder no Brasil nos últimos anos, acumularam 475,8 mil unidades e caíram para o segundo lugar, com fatia de 29,4%.   Enquanto o mercado interno de automóveis recuou, na média, 25,6%, as vendas de utilitários esportivos diminuíram menos da metade em 2020, somente 12%. Em maio, pela primeira vez na história, os SUVs formaram o segmento de maior participação em um único mês.   O crescimento dos utilitários esportivos no mercado brasileiro tem sido vertiginoso e segue a tendência mundial iniciada na primeira metade desta década.   A pandemia não impediu a continuidade de lançamentos e a aceleração do crescimento do segmento, que encerrar 2019 com 26,5% de penetração contra 33% dos hatchs pequenos, um ganho de 6 pontos porcentuais. Esse avanço foi até maior do que que o registrado nos 12 meses anteriores, quando a fatia dos SUVs crescera 2 pontos frtente a 2018.   E nada indica que a curva de vendas de utilitários esportivos será achatada no curto prazo. Ao contrário. Várias marcas lançarão SUVs neste ano e também em 2022. Algumas, como Fiat e Toyota, terão seus primeiros modelos nacionais, o que por si deve agregar mais alguns pontos na atual conta do segmento.

Mercado
FCA ganha participação na América Latina
por Alzira Rodrigues

Em um ano marcado pela pandemia, a FCA, Fiat Chrysler Automóveis, ampliou participação na América Latina e reforçou sua liderança no mercado automotivo local.   Com 502 mil emplacamentos, a empresa que tem a Fiat e a Jeep como suas principais marcas avançou 2,9 pontos porcentuais na região (excluindo México), ampliando sua participação de 13,6% em 2019 para 16,5% em 2020.   Segundo a fabricante, o bom desempenho no mercado brasileiro, com 433,6 mil unidades licenciadas e 22,2% de market share no País,  foi decisivo para o resultado final na América Latina.   A capacidade de reação das vendas na Argentina também contribuiu para o resultado favorável no ano passado. No país vizinho, a FCA evoluiu 2,8 pontos porcentuais em participação.   Em dezembro, particularmente, a FCA teve excelentes resultados no Brasil e na região. O Jeep Renegade bateu recorde de vendas, com 7.878 unidades comercializados, alcançando a expressiva marca de 300 mil unidades emplacadas no mercado brasileiro desde o seu lançamento há 5 anos.   A empresa emplacou no último mês do ano 54,8 mil unidades – 39,7 mil unidades da marca Fiat e 14,9 mil da Jeep -, atingindo fatia de 23,6% nas vendas totais do setor. No ano, marca Fiat contabilizou 321,7 mil emplacamentos, com 16,5% de participação de mercado, enquanto a Jeep ultrapassou o patamar de 110 mil veículos, com fatia de 5,7%.

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